Cacheira do Urubu-PE

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quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Desertificação, salinização e erosão


Desertificação
Entende-se por desertificação o processo de destruição do potencial produtivo da terra. Tal processo é originado principalmente pela intensa pressão das atividades antrópicas sobre ecossistemas frágeis, cuja capacidade de resiliência é baixa. As causas mais freqüentes estão associadas ao inadequado uso do solo e da água no desenvolvimento de atividades como: mineração, agropecuária e desmatamento indiscriminado.
A Convenção das Nações Unidas para o Combate à Desertificação definiu a Desertificação como sendo “a degradação da terra nas zonas áridas, semi-áridas e subúmidas secas resultantes de fatores diversos tais como as variações climáticas e as atividades humanas” (United Nations, 1994), sendo que, por degradação da terra se entende o seguinte:
a) Degradação de solos e recursos hídricos;
                        b) Degradação da vegetação e biodiversidade;
                        c) Redução da qualidade de vida da população afetada.
De acordo com o Projeto BRA 93/036 (Formulação de uma Estratégia e Plano Nacional para o Combate à Desertificação e Efeitos da Seca), as áreas suscetíveis à desertificação no Brasil alcançam 980.711 km², distribuídos em oito Estados do Nordeste e no norte de Minas Gerais. O regime de chuvas desta região concentra-se num período de três a quatro meses por ano, sendo marcado por forte irregularidade interanual, principalmente no Agreste e no semi-árido. As precipitações variam de 250 a 800 mm anuais. As temperaturas médias variam de 23 a 27 °C e a insolação anual chega a 2.800 horas. Isto determina altas taxas de evapotranspiração, configurando déficit hídrico em quase toda a região.

O que é salinidade?
É o termo utilizado para representar à concentração (acúmulo de sais num determinado meio e corresponde a razão entre a massa de sais e a massa do meio, podendo ser esse o solo, a água, a seiva da planta, etc.

Solos afetados por sais
Um solo é considerado afetado por sais, quando a concentração desses na solução do solo chega a interferir no crescimento e produtividade das plantas naturalmente habitantes da área ou aquelas cultivadas pelo homem.
A salinização dos solos é um dos grandes problemas enfrentados não só nas regiões áridas e semi-áridas do Nordeste brasileiro, mas também, em muitas outras regiões do mundo, em razão, principalmente da intensa evapotranspiração, baixas precipitações e manejo inadequado da irrigação.
A ocorrência de solos salinos, salino-sódicos e sódicos é comum nas regiões áridas e semi-áridas em razão da baixa precipitação pluvial e alta taxa de evaporação. Nestas circunstâncias, os sais não são lixiviados, acumulando-se em quantidades prejudiciais ao crescimento normal das plantas. É importante destacar que, em solos com problemas de drenagem, o processo de salinização pode ser acelerado pelo uso da irrigação com água contendo altas concentrações de sais.

Processos de salinização do solo
Segundo Ferreira (1998) apud Bastos (2004), a salinização do solo pode ser ocasionado por dois processos: o natural e o induzido.
O processo natural pode acontecer de várias formas: através da fragmentação e decomposição das rochas, escoamento superficial e subterrâneo de encostas para as partes baixas carreando os sais que se solubilizam das rochas se acumulando, o aumento da concentração progressivo devido à evaporação da água, deposição de sais transportados pelo fenômeno de maresia e por intrusão (onde a água do mar através da maré, penetra nos estratos permeáveis na faixa litorânea).
O processo induzido ocorre pela ação do homem, provocando a salinização do solo pelo manejo inadequado da irrigação e drenagem em regiões áridas e semi-áridas, fazendo-se muitas vezes do uso da água com salinidade elevada ou aplicação de lâmina excessiva às necessidades da planta e drenagem deficiente, com acúmulo de sais após ascensão capilar e evapotranspiração da zona radicular.

Os solos salinos geralmente se localizam em áreas de baixadas, que recebem os sais das áreas circunvizinhas, sendo a água o principal agente transportador.
O relevo é decisivo para a acumulação de água no perfil do solo, e, consequentemente, dependendo das variações sazonais da temperatura, pluviometria, ventos, etc, o processo de halomorfismo pode se estabelecer, produzindo solos com diferentes níveis de restrições ao desenvolvimento das plantas cultivadas. No nordeste brasileiro os solos afetados por sais, naturalmente ocorrem em regiões topográficas que favorecem a drenagem deficiente (Figura 1), e, muitas vezes a indução da salinidade decorre da irrigação mal conduzida e ou com águas de qualidade duvidosa (ricas em sais). Outro fator importante na indução da salinidade em ambientes de drenagem deficiente é aplicação de adubos com efeito salino elevado tais como cloreto de potássio, nitrato de amônio e nitrato de sódio.
 Figura 1 – Influência do relevo no desenvolvimento de solos salinos

Como um solo se torna salino
A água das chuvas, quase pura ao cair e penetrar no solo, solubiliza e arrasta consigo íons de Ca++, Mg++, Na+, Ka+, bem como radicais CO3 - -, HCO3 -, SO4- - e outros, transformando-se então em uma solução, que flui para formar os rios e lagos.
Ao se irrigar um solo de drenabilidade deficiente a nula, situado em região de baixas precipitações médias anuais e alto déficit hídrico, este se torna salino em período de tempo bastante curto, porque as plantas removem basicamente H2O do solo, enquanto que a maior parte dos sais fica retida. Nestas condições o solo tende a se tornar salino caso não seja drenado artificialmente o que vem ocorrendo nas regiões semi-áridas do nordeste brasileiro.

Os fatores que contribuem para a salinização dos solos são:
1. clima - deficit hídrico climático acentuado;
2. irrigação em solos rasos ou solos de má drenabilidade;
3. irrigação com água de má qualidade – teores elevados de sais;
4. baixa eficiência de irrigação;
5. manutenção inadequada do sistema de drenagem ou ausência de sistema de drenagem superficial e/ou subterrânea.

Efeitos da salinidade sobre a planta
Os efeitos da salinidade no crescimento e desenvolvimento das plantas são assim enumerados:
1) efeito osmótico, posto que uma elevada concentração salina diminui o potencial osmótico do solo, fazendo com que este retenha mais água, disponibilizando-a em menor quantidade para a planta;
2) efeito tóxico, caracterizado pelo acúmulo de íons específicos na planta;
3) efeito nutricional, no qual o excesso de um íon no solo inibe a absorção de outros íons.

Como evitar a salinização
Todo solo situado em regiões climáticas caracterizadas por baixas precipitações e altos déficits hídricos climáticos e que ao mesmo tempo possua má drenabilidade, tende a se tornar salino, com a irrigação, mesmo que esta seja feita com água de boa qualidade. Somente irrigar terras de boa drenabilidade, ou seja, áreas selecionadas tendo como base estudos de solos ou classificação de terras para irrigação que se baseie em parâmetros adequados para a região, principalmente no que se refere à profundidade do impermeável.
Solos com menos de 1,0 m de profundidade não devem ser irrigados a não ser em condições muito especiais e quando se tratar de região semi-árida, terão que contar coma implantação de sistema de drenagem subterrânea.
A evolução do processo de salinização pode ser evitada, em caso mais favoráveis, através de uma irrigação eficiente ou por meio da instalação de sistema de drenagem subterrânea e coletores, para desta forma facilitar a percolação profunda de parte das águas das chuvas ou excedentes de irrigação e assim promover a lavagem de sais do solo. Fazer manutenção adequada do sistema de drenagem-coletores e subterrânea.
Deve-se cuidar do balanço de água no solo em sistemas irrigados, visando proporcionar uma lixiviação adequada. A lixiviação é absolutamente indispensável na irrigação em zonas áridas e semi-áridas, pois sem esta prática, a acumulação de sais aumentaria a ponto de tornar o solo improdutivo em curto prazo.

Sodificação do solo
A conseqüência principal na sodificação do solo é a expansão da argila quando úmida e a contração quando seca, devido o excesso de sódio trocável. Podendo ocorrer a fragmentação das partículas causando dispersão da argila, modificando a estrutura do solo. Dessa forma, os solos sódicos passam a apresentar problemas de permeabilidade,onde qualquer excesso de água pode causar encharcamento na superfície do solo, impedindo a germinação das sementes e o crescimento das plantas por falta de aeração, além de potencializar processos erosivos.

Erosão

CONTINUA EM BREVE...

3 comentários:

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